Sale Boulot
Uma janela sobre o mais colossal trabalho sujo da história
2011
Sinopsis
Este pequeno livro é uma contribuição para a genealogia contemporânea do que se convencionou chamar trabalho sujo. Mais especificamente, é um comentário da noção de “trabalho do mal” elaborada por assim dizer a quatro mãos por Christophe Dejours e Joseph Torrente a partir de uma visão histórica do Holocausto, baseada na descoberta da experiência coletiva do “trabalho atroz” como chave explicativa da destruição dos judeus na Europa. Em resumo, a revelação de como o horror do Terceiro Reich deriva da imposição do genocídio como um trabalho de massa realizado por uma legião de colaboradores zelosos. Uma hipótese até então adormecida na melhor historiografia que precisou esperar a intensificação do sofrimento social pelo trabalho sujo do neoliberalismo hoje para enfim despertar e sugerir este curto-circuito explosivo num verdadeiro diagnóstico de época.
Publicado originalmente em 2011 na revista Tempo Social do departamento de sociologia da USP (v. 23, n. 1) e incluído posteriormente como segundo capítulo do livro O novo tempo do mundo: e outros estudos sobre a era da emergência (Boitempo, 2014).
Palavras-chave: Christophe Dejours; Joseph Torrente; trabalho sujo; trabalho atroz; zelo; Holocausto; Eichmann; Hannah Arendt; banalidade do mal; zona cinzenta; neoliberalismo; colaboracionismo.
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