O fio da meada
Uma conversa e quatro entrevistas sobre Filosofia e Vida Nacional
1996
Sinopse
O Fio da Meada foi originalmente concebido como posfácio ao livro Ressentimento da Dialética, em que o autor explicaria as razões que o levaram a reunir naquele livro uma série de ensaios redigidos há cerca de quinze anos sobre as origens intelectuais da dialética hegeliana, relida de acordo com o ABC da Miséria Alemã.
Puro pretexto esse do posfácio, que serviu apenas para cooptar as entrevistadoras, que, ingênuas e entusiasmadas, caíram no conto-conversa do vigário, seduzidas pelo desafio de participar do livro. Acontece que Paulo Arantes não é entrevistável. Inaugura aqui um novo estilo – o da resposta-pergunta – com sua diabólica capacidade de provocar as perguntas às quais ele gostaria de responder. Assim, este livro poderia muito bem estar classificado no gênero ficção, não fosse pela verdadeira identidade de entrevistado e entrevistadoras da primeira parte e pela própria existência da segunda parte, composta de “entrevistas” já publicadas nos jornais Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo e na revista Teoria e Debate.
Parafraseando o autor, este livro poderia chamar-se: “Drama de consciência da filosofia profissional”, porém, do ponto de vista do leigo, poderia ser um manual intitulado “Tudo que você sempre quis saber sobre a vida intelectual no Brasil e nunca teve coragem de perguntar”. Aliás, não só por aqui: o leitor verá que há muito mais entre o Brasil e o Resto do Mundo do que possa sonhar nossa vã filosofia.
Autor e obra são a tal ponto didáticos e esclarecedores que, assim como na literatura infantil, pode-se recomendar: “Este livro também é adequado para ser lido em voz alta”.
(CR, ICC e MEC, orelha da edição original, 1996)
Palavras-chave: Adorno, Álvaro Vieira Pinto, Antonio Cândido, Auerbach, Bento Prado, Departamento francês de Ultramar, Filosofia no Brasil, Filosofia Uspiana, Foucault, Giannotti, Hegel, Ideologia Francesa, Intelectuais, Marx, Revolução de 1968, Roberto Kurz, Roberto Schwarz, Ruy Fausto, Teoria Crítica, Tradição Crítica Brasileira.
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